Estudo aponta principais erros na fase pré-analítica

Por Brunno Câmara - terça-feira, julho 10, 2012

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Uma equipe do laboratório do HC da UFRS estudou amostras rejeitadas e os pedidos para recoletadas de sangue nos setores de bioquímica e hematologia, entre junho e agosto de 2010.

Foram analisadas as amostras rejeitadas por estarem coaguladas, hemolizadas, ictéricas e lipêmicas. Dentre as 77.051 mil amostras que precisaram ser coletadas novamente no período analisado, em 441 (0,57%) o motivo foi algum tipo de erro pré-analítico.

Em 43,8%, a causa principal foi a presença de coágulo, seguido de volume insuficiente da amostra (24%). Em 17,9% dos casos, o motivo foi a amostra estar hemolisada.

Outras razões para a rejeição foram erros de identificação, tubos inadequados, amostras lipêmicas, proporção inadequada de amostra/aditivo e mostras ictéricas insignificantes.

Segundo os autores, apesar de ser pequena a porcentagem de erros pré-analíticos, esses poderiam prejudicar a atenção ao paciente. Por exemplo, quando componentes como potássio, magnésio, ferro, LDH, fósforo, amônia e proteínas totais se apresentavam falsamente elevadas devido à hemólise.

Nesse contexto, as amostras de baixa qualidade podem influenciar os resultados, o que seria clinicamente incorreto, e levar o médico a tomar uma decisão adequada.

Brunno Câmara Autor

Brunno Câmara - Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia / experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.
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