Doenças infecciosas que não vão facilmente desaparecer

Por Brunno Câmara - domingo, agosto 12, 2012

Antes de continuar a leitura do texto, quero te convidar para conhecer meus cursos:

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Dança da Morte por Michael Wolgemut, 1493 (Wikimedia Commons)

Gonorreia – Ninguém aplaude, mas parece que a doença está vindo para um bis. O CDC recentemente alertou que atualmente só há uma única droga, a ceftriaxona, efetiva como tratamento para a gonorreia sexualmente transmissível.

Peste bubônica – A doença que dizimou a população mundial durante a Idade Média continua por perto. O estado americano do Novo México é um reduto da doença. Em julho um homem de Albuquerque foi diagnosticado com a doença depois de entrar em contato com um esquilo morto.

Coléra – Não há amor nos tempos de coléra, uma diarreia mortal que se espalha com a água ou alimentos contaminados. Atualmente, há uma epidemia de cólera no Haiti, com mais de 150.000 casos e 3.000 mortos, e a doença ja se espalhou para países vizinhos, como Estados Unidos e República Dominicana.

Tuberculose – A doença parecia que estava a caminho da extinção depois de vacinas e uma sequência de antibióticos que foram descobertos para combatê-la. Infelizmente, cepas resistentes surgiram nos anos 80 e então se espalharam. Agora a tuberculose é globalmente a segunda doença com mais mortes, perdendo apenas para a AIDS, quando considerado agentes infecciosos individuais. Em 2010, 1,4 milhão de pessoas morreram da doença.

Poliomelite – A tuberculose deveria servir como alerta na luta contra a pólio. Quando uma doença está extinta, não deixe-a voltar. Quatro importantes organizações (Rotary International, OMS, CDC e UNICEF) estão no comando da tarefa de banir a poliomelite do planeta.

Sífilis – A gonorreia não é a única DST na parada. A sífilis está retornando, principalmente na Alemanha e Austrália. Evolui lentamente em estágios, conhecidos como: sífilis primária, secundária, latente e terciária. A penicilina G é a primeira escolha de antibiótico.

Meningite meningocócica – É conhecida por ocasionar infecções em surtos, ou seja, grande frequência de infecções numa comunidade num curto espaço de tempo. Afeta comumente prisioneiros, recrutas militares e têm causado surtos entre os fiéis muçulmanos em sua peregrinação anual a Meca.

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Brunno Câmara Autor

Brunno Câmara - Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia / experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.
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