Citologia Oncótica

Por Brunno Câmara - quinta-feira, maio 16, 2013

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A Citologia Oncótica é a análise microscópica das características celulares, não importando a procedência dessas células.

Geralmente é empregada na detecção de lesões tumorais. Um exemplo clássico é o exame preventivo do câncer de colo uterino, mais conhecido como Teste de Papanicolaou. Por ter uma localização específica e realizada em escala tão abrangente recebeu nomenclatura própria – Colpocitologia Oncótica (colpos vem do grego e significa colo uterino).

Formas de obtenção das células

Pode-se fazer citologia oncótica de qualquer local do corpo. Geralmente são utilizados um dos três métodos a seguir para obtenção do material:

Raspado:  raspa-se o local desejado e transfere-se o material para uma lâmina de vidro. Depois cora-se a lâmina de acordo com o tipo de amostra como por exemplo pele, vulva, colo uterino.

Líquidos corporais: depois de colhido o líquido, deve-se concentrar a amostra para obter as células, geralmente por centrifugação. Em seguida é feita e corada a lâmina de modo semelhante ao método anterior. Exemplos de líquidos: urina, líquido ascítico, líquido pleural, líquor, etc.

Punção: punciona-se uma estrutura ou órgão para obter o material (punção por agulha fina ou citopunção).  Exemplos de punção: de nódulos de tireóide, cistos de mama, lesões de glândulas salivares, etc.

Apesar de ser recente, o método de punção tem evoluído rapidamente, merecendo maior destaque.

Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) ou Citopunção

A PAAF ou Citopunção é uma variante de citologia oncótica. A técnica consiste na retirada de pequena porção de tecido por aspiração através de uma agulha fina e posterior coloração e análise microscópica.

No passado, para o diagnóstico das lesões, o indivíduo geralmente era internado em ambiente hospitalar e, sob anestesia local ou geral, era submetido a uma biópsia cirúrgica, com maior possibilidade de complicações e às vezes deixando cicatriz.

A punção é utilizada na avaliação diagnóstica de nódulos em diferentes órgãos, para se estabelecer a sua natureza biológica, ou seja, se representa um processo inflamatório, neoplasia benigna ou maligna.

Depois de coletado, o material será espalhado de modo uniforme nas lâminas de vidro (confecção do esfregaço) e imediatamente mergulhado em etanol absoluto (fixador). Alguns esfregaços serão secos ao ar ambiente e corados com uma solução rápida (Panótico). O citologista examina a amostra no microscópio, conferindo a quantidade de células e tendo uma impressão geral da lesão.

O que o Biomédico pode fazer

Realizar coleta de material cérvico vaginal e leitura da respectiva lâmina, exceto a coleta pela técnica de Punção Biópsia Aspirativa por Agulha Fina (PAAF);

Realizar a leitura de citologia de raspados e aspirados de lesões e cavidades corpóreas, através da metodologia de Papanicolaou;

Atuar no setor de imunohistoquímica e imunocitoquímica, referente ao diagnóstico citológico;

Assumir responsabilidade técnica, firmando os respectivos laudos.

Com informações de Laboratório Master Consultoria Médica, CRBM-3, Centro Integrado de Citopatologia e Colposcopia

Brunno Câmara Autor

Brunno Câmara - Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia / experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.
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