Ciência brasileira terá um dos maiores avanços de sua história

Por Brunno Câmara - domingo, outubro 06, 2013

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O número de artigos publicados pelos pesquisadores brasileiros aumentou drasticamente nos últimos anos. Independente do impacto, a ciência brasileira avançou muito, ganhando até destaque em periódicos internacionais, como a Nature Medicine.

Mas o que está por vir pode colocar a ciência do Brasil em outro nível, competindo com países de primeiro mundo.

Estou falando do novo acelerador de partículas Sirius, a nova fonte de luz síncrotron, de 3ª geração, que deverá substituir a fonte atual, chamada UVX, em operação desde 1997.

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Modelo tridimensional de como serão as instalações do Sirius (Fonte da imagem: Reprodução/LNLS)

A luz síncroton é uma radiação eletromagnética que abrange uma intervalo muito grande de espectros, indo do infravermelho ao raio X. Com ela, cientistas podem enxergar as estruturas atômicas e moleculares de diversos materiais, desde rochas e fósseis de dinossauros até células e compostos químicos.

Essa luz é gerada pela aceleração de elétrons dentro de um anel com mais de 500 metros de comprimento e a uma velocidade muito próxima da velocidade da luz (300 mil km/s). A princípio, serão 13 pontos de luz presentes no acelerador Sirius, o que permitirá que diversos profissionais façam uso simultâneo da máquina.

Será uma facilidade aberta que atenderá às mais diversas áreas da ciência, desde medicina, biofísica, biotecnologia, biologia molecular e estrutural, até paleontologia, ciências dos materiais, agricultura e nanotecnologia. Se o equipamento estiver realmente no estado da arte, vai atrair pesquisadores de ponta de todo o mundo.

A menor divergência do feixe de fótons aumentará a resolução das imagens, possibilitando a realização de medidas de microscopia com precisão nanométrica. Será possível gerar imagens tridimensionais de uma célula e de suas organelas.

O custo previsto do projeto, estimado para terminar em 2016, é de R$ 650 milhões. Até o momento, segundo Roque da Silva, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) já investiu cerca de R$ 55 milhões.

Com informações de Agência FAPESP

Brunno Câmara Autor

Brunno Câmara - Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia / experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.
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