5 dicas para utilizar a centrífuga com segurança

Por Brunno Câmara - sábado, janeiro 24, 2015

Antes de continuar a leitura do texto, quero te convidar para conhecer meus cursos:

Continue agora com a sua leitura do texto. Espero que goste.

Centrífuga. Crédito: Eppendorf

Usar a centrífuga. Quem nunca? Esse equipamento faz parte da lista dos que não podem faltar no laboratório, seja ele clínico ou de pesquisa. Seu manuseio é bem simples, porém existem algumas regras de segurança que devemos seguir para evitar acidentes, e também para mantê-la em bom estado de conservação.

1. Use uma bancada plana e firme

Coloque a centrífuga um uma bancada firme e plana, de preferência de concreto, para evitar que saia do lugar.

2. Balanceie os tubos

Se você quer centrifugar uma amostra de 5 mL, coloque outro tubo idêntico, com mesmo volume, no lado oposto do rotor. Ou seja, o número de tubos centrifugados sempre será par.

Se o líquido é mais, ou menos, denso que a água, o balanceamento deve ser feito pela massa da amostra, não pelo seu volume. Isso é importante quando o rotor está em altas velocidades. Ligar uma centrífuga não balanceada pode danificá-la, além de causar um acidente e machucar alguém do laboratório.

3. Não abra a tampa enquanto o rotor estiver girando

As centrífugas mais antigas dificilmente têm um sistema de freio automático, como consequência, depois de desligadas o rotor demora muito tempo para parar. Como muitas pessoas não têm paciência de esperar, elas dão um jeitinho brasileiro de fazer isso acontecer mais rápido, como por exemplo parando com a mão, correndo o risco de se machucar. NUNCA faça isso!

Outro problema é que na centrifugação há formação de aerossóis. Então, se você abrir a tampa antes, pode inalar substâncias tóxicas e contaminadas.

Hoje em dia, o acesso à centrífugas mais caras modernas diminuiu esses riscos. Elas têm um sistema automático que freia o rotor, diminuindo o tempo até parar totalmente, e também se a tampa for aberta enquanto estiver funcionando, ele para automaticamente. Pode-se ainda controlar a velocidade de rotação, tempo, aceleração etc.

4. Desligue a centrífuga se estiver tremendo/vibrando em excesso

Pequenas vibrações são normais, mas em excesso podem significar perigo. Verifique se você balanceou os tubos corretamente; e se mesmo assim o problema continuar entre em contato com a assistência técnica ou assessoria científica. Preste atenção também nos sons emitidos pelo equipamento.

5. Não mova a centrífuga enquanto estiver em funcionamento

Parece óbvio, mas tem gente que o faz. Espere a centrífuga parar para movê-la de um lugar para outro. Não deixe o fio de energia num lugar onde pessoas podem tropeçar e derrubá-la.

Brunno Câmara Autor

Brunno Câmara - Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia / experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.
| Contato: @biomedicinapadrao |