Dez coisas que bactérias podem fazer que você não consegue

Por Brunno Câmara - segunda-feira, janeiro 30, 2012

Antes de continuar a leitura do texto, quero te convidar para conhecer meus cursos:

Continue agora com a sua leitura do texto. Espero que goste.

10 – Viver 34 mil anos

No Vale da Morte (EUA), pesquisadores encontraram cristais de sal que tinham minúsculas bolsas cheias de fluido. Nessas bolsas estavam bactérias com 34 mil anos de vida. Não uma espécie que tinha 34 mil anos; um organismo com 34 mil anos de idade que ficou em “coma” por milhares de anos. E elas não parecem ter mais de 30 anos.

9 – Ser seu próprio ecossistema

Em uma mina de ouro na África do Sul, não existem muito lugares para viver. Não tem sol, e muito menos plantas  e animais para fornecer os nutrientes necessários. Existe, no entanto, um tipo de bactéria. Ela só precisa do calor da mina e da água para retirar seu alimento dos elementos. Não há vida na mina além da Desulforudis audaxviator, o organismo mais autossuficiente do mundo.

8 – Fazer nanopartículas de ouro

Existe ouro por toda a terra, mas em apenas alguns lugares ele vem em forma sólida o suficiente que vale a pena coleta. E o principal motivo são as bactérias. Certas bactérias dissolvem o ouro em nanopartículas, e essas nanopartículas movem-se livremente através do solo até que elas acumulam-se em determinadas áreas.

7 – Brilhar no escuro

As bactérias são a fonte da maior parte da bioluminescência da vida marinha. Algumas lulas transportam bactérias em seus corpos que lhes permitem brilhar, e os peixes bioluminescentes têm muitas bolsas cheias de bactérias que produzem a enzima luciferase, que brilha no escuro. E não apenas sob luz negra.

6 – Ser o menor ninja do mundo

Nanobactérias ocupam apenas 20 nonômetros. Elas são um tanto controversas, desde que alguns cientistas acreditam que um pequeno espaço não possa carregar todos os componentes necessários para a vida. E talvez seja verdade. Na vida real, elas foram associadas a muitos problemas de saúde. Elas são silenciosas. Elas são irrastreáveis. E elas são mortais.

5 – Viver em Marte

Não estou dizendo que elas vivem. Mas poderiam. Descobertas de colônias de bactérias vivas em bolsas líquidas em vales secos na Antártica, mostram que elas poderiam, definitivamente, viver na superfície de Marte.

4 – Sobreviver em água fervente

A bactéria do botulismo, Clostridium botulinum, pode sobreviver à água fervente. E só quando a água é pressurizada, fervendo a uma temperatura mais alta, que ela morre.

3 – Modificar seus próprios genes

Bactérias ganham novas habilidades roubando genes de outras bactérias que elas encontram. Se humanos fossem capazes de fazer a mesma coisa, seria como sermos capazes de ganhar pintas depois de cuidar de uma onça. O processo é chamado de transferência de gene horizontal, e permite que bactérias ganhem, por exemplo, resistência aos antibióticos.

2 – Proteger-se de ambientes radioativos e tóxicos

Alguns tipos de bactérias que vivem em áreas radioativas têm trabalhado em maneiras de se defender contra essa radioatividade incorporando metais pesados. Isso não é só de interesse dos biólogos, mas também dos engenheiros, que estão trabalhando uma forma de usar essas bactérias para colher metais pesados. Humanos evitam o urânio. Bactérias pegam esse metal e usam como armadura.

1 – Digerir sua própria comida

Sim, você não pode nem fazer isso sozinho. Você precisa de bactérias para ajudar na digestão. E enquanto elas então lá, também protegem nosso organismo contra outros tipos de infecções, regulam seu sistema imune e, até mesmo algumas, como Lactobacillus e Bifidobacterium, lutam contra elementos que causam câncer.

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Brunno Câmara Autor

Brunno Câmara - Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia / experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.
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