Saiba tudo sobre a Bioinformática

Por Brunno Câmara - domingo, maio 27, 2012

Antes de continuar a leitura do texto, quero te convidar para conhecer meus cursos:

Continue agora com a sua leitura do texto. Espero que goste.

“Pode-se considerar a bioinformática como uma linha de pesquisa que envolve aspectos multidisciplinares e que surgiu a partir do momento em que se iniciou a utilização de ferramentas computacionais para a análise de dados genéticos, bioquímicos e de biologia molecular.

A bioinformática envolve a união de diversas linhas de conhecimento – a ciência da computação, a engenharia de softwares, a matemática, a estatística e a biologia molecular – e tem como finalidade principal desvendar a grande quantidade de dados que vêm sendo obtida através de sequências de DNA e proteínas.

Para o desenvolvimento de genomas completos, a informática é imprescindível e a biologia molecular moderna não estaria tão avançada hoje, não fossem os recursos computacionais existentes.

O que preciso saber para ser um bioinformata?

O profissional em bioinformática é raro no mercado, já que ele necessita saber e ser familiar a, pelo menos, três áreas distintas do conhecimento: a biologia molecular, a ciência da computação e a bioinformática em si. Além disso, conhecimentos em estatística e matemática são altamente recomendáveis.

               Imagine um biólogo que não tenha conhecimento de computação: ele será capaz de bolar uma infinidade de possíveis experimentos em bioinformática que gostaria que fossem gerados, mas será incapaz de colocá-los em prática.

                   Do outro lado, um cientista da computação sem conhecimento em biologia e com sua característica ânsia de analisar dados, será capaz de pegar uma infinidade de dados biológicos e fazer uma grande quantidade de análises computacionais sem qualquer propósito, gerando resultados de difícil interpretação, por vezes ininterpretáveis ou sem qualquer sentido biológico.

O trabalho em equipe, para a produção de projetos em bioinformática, pode ser interessante, desde que os profissionais trabalhem juntos todo o tempo.

Requisitos computacionais

Com relação aos requisitos computacionais que serão apresentados apenas de passagem no presente curso, um profissional em bioinformática deve ter um bom conhecimento algum sistema operacional baseado em UNIX, sem qualquer sombra de dúvida.

Quase todos os algoritmos utilizados para a pesquisa em bioinformática apresentam código aberto e são, frequentemente, disponíveis apenas para sistema operacionais como o LINUX e o Solaris. Os programas de código aberto são aqueles nos quais os programadores disponibilizam todo o código fonte do programa para o usuário, que pode alterá-lo de acordo com a sua aplicação de interesse. E esse é também um dos motivos pelos quais os bioinformatas devem ser familiarizados com linguagens de programação.

Um bioinformata que não sabe programar em uma linguagem qualquer tem dificuldades para se desenvolver e,  portanto, o profissional deve estar ao menos apto a aprender alguma linguagem de programação.

Outro conhecimento que gera um salto qualitativo na atividade do bioinformata é o conhecimento de bancos de dados e linguagem SQL. A linguagem SQL é a mais comumente utilizada em uma diversidade de bancos de dados e muitos sites disponibilizam informações armazenas em tabelas e bancos de dados inteiros. Devido à sua gratuidade e eficiência, o banco de dados mais utilizado em bioinformática é o MySQL, mas quaisquer outros podem ser utilizados sem demais inconvenientes.”

Texto retirado da apostila “Introdução à Bioinformática”, 2007, Escrita pelo Prof. Dr. Francisco Prosdocimi. <link>

Brunno Câmara Autor

Brunno Câmara - Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia / experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.
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