Imagenologia parte II - Tomografia Computadorizada

Por Brunno Câmara - domingo, novembro 18, 2012

Antes de continuar a leitura do texto, quero te convidar para conhecer meus cursos:

Continue agora com a sua leitura do texto. Espero que goste.

TC
Imagem: Toshiba

A Tomografia Computadorizada (TC) baseia-se em Raios-X. O aparelho consiste em uma fonte de raios-X que é acionada ao mesmo tempo em que realiza um movimento circular ao redor do paciente, emitindo um feixe de raio-X em forma de leque.

No lado oposto a essa fonte, está localizada uma série de detectores que transformam a radiação em um sinal elétrico que é convertido em imagem digital. Dessa forma, as imagens correspondem à secções (“fatias”) da parte do corpo de paciente que está sendo analisada. A intensidade (brilho) reflete a absorção dos raios-X e pode ser medida em uma escala (unidades Hounsfield).

Recentemente, com a evolução tecnológica, é possível adquirir imagens rapidamente através da técnica de varredura espiral ou helicoidal. Essa inovação permite realizar o exame em aproximadamente três minutos, dependendo da parte do corpo.

Tomografia Computadorizada Multislice

A Tomografia Computadorizada Multislice representa uma grande evolução em relação a Tomografia Computadorizada convencional. Seu grande diferencial consiste na aquisição de imagens com espessuras submilimétricas no plano axial e a reconstrução dessa imagens nos outros planos: sargital, coronal ou 3D.

 


Três tipos de TC, (A) convencional; (B) helicoidal e (C) helicoidal multislice.


Componentes do Tomógrafo

Gantry (portal)

É o maior componente de um sistema tomográfico  e  o  que  mais  impressiona.  Pelo seu  tamanho  e  imponência. Contém o tubo de RX com ânodo giratório refrigerado a óleo ou água, filamento que pode ser simples ou duplo (dual); filtros e colimadores, sistema de aquisição de dados, motores e sistemas mecânicos que permitem angulação e posicionamento (laser).

Os detectores são dispostos em oposição ao tubo ou como nos tomógrafos mais modernos, em toda a circunferência do portal, podendo ser móveis ou estáticos. Junto aos detectores encontram-se placas e circuitos eletrônicos responsáveis pela transdução da informação sobre a quantidade absorção do feixe de RX pelo corpo do paciente, em sinal eletrônico analógico. A seguir essa informação e digitalizada e será transmitida ao computador que fará os cálculos matemáticos necessários para a formação da imagem.

Cabeçote

O cabeçote de um tomógrafo é idêntico ao de um equipamento de raios X convencional: ampola com ânodo giratório, copo catódico, refrigeração, filtragem, etc.

Mesa de exames

É o local onde o paciente fica posicionado e possui as seguintes características:

  • Constituída de material radiotransparente;
  • Suporta 200/300kg;
  • Não enverga (alta resistência);
  • Importante fator principalmente em TC Multislice;
  • Possui acessórios (suportes do crânio, dispositivos de contenção do paciente, suportes de soro e outros).

Mesa de comando

É o local de onde envia-se as informações para o sistema, onde se encontram armazenados os protocolos para a aquisição das imagens e, ainda, o local utilizado para o tratamento e documentação das imagens adquirias.

 

Sugestão de leitura: Apostila: Tomografia Computadorizada

Referências

• Edson Amaro Júnior a  e Hélio Yamashita. Aspectos básicos de tomografia computadorizada e ressonância magnética. Rev Bras Psiquiatr 2001;23(Supl I):2-3.
• Ricardo Pereira. Apostila:  Tomografia Computadorizada.

Brunno Câmara Autor

Brunno Câmara - Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia / experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.
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