Automação no setor de microbiologia laboratorial

Por Brunno Câmara - quarta-feira, abril 17, 2013

Antes de continuar a leitura do texto, quero te convidar para conhecer meus cursos:

Continue agora com a sua leitura do texto. Espero que goste.

Com o passar dos anos, com o aumento do número de pessoas com acesso a um plano de saúde e com o aumento na demanda de exames, fica inevitável que grandes e médios laboratórios comecem a automatizar suas seções. A automação, via de regra, chega primeiro em seções como hematologia e bioquímica. Outras demoram ou nem passam pela automação, como é o caso da uroanálise e parasitologia.

Nessa postagem vou apresentar a vocês alguns aparelhos empregados na automação do setor de microbiologia de um laboratório.

Hemocultura

 
Aparelho                                        Meios de Cultura              

O BD BACTEC é um sistema automatizado desenvolvido para detectar o crescimento de microrganismos em amostras de sangue. O aparelho não é invasivo e monitora, agita e incuba frascos simultânea e continuamente.

A metodologia é baseada na detecção da fluorescência emitida por um sensor nos frascos com meios de cultura. O sistema é de ultra sensibilidade e monitora, em intervalos de 10 minutos, as amostras de hemocultura, acelerando o tempo de detecção e fornecendo alarmes tanto visuais quanto sonoros, no caso de amostras positivas.


Crescimento de micobactérias

O sistema BD BACTEC MGIT é um método automatizado para isolamento primário de micobactérias a partir de amostras clínicas pulmonares e extra-pulmonares (exceto sangue) e teste de sensibilidade a antibióticos para Mycobacterium tuberculosis.

Os tubos de cultura contêm um composto fluorescente, embebido em silicone, que é sensível à presença do oxigênio dissolvido no meio. Inicialmente, uma grande quantidade do oxigênio dissolvido extingue as emissões do composto e pouca fluorescência pode ser detectada. Posteriormente, microrganismos respirando ativamente no meio, consomem o oxigênio o que ocasiona a emissão da fluorescência e sua detecção pelo equipamento.


Identificação bacteriana e Teste de Sensibilidade a Antibióticos (TSA)

 

O equipamento BD Phoenix destina-se à  identificação (ID) rápida de bactérias clinicamente significantes e à realização de TSA para essas bactérias. O sistema fornece resultados rápidos sobre a maioria das bactérias aeróbias e anaeróbias facultativas, Gram-positivas e Gram-negativas que infectam humanos.

A porção ID do painel do sistema utiliza diversos testes bioquímicos convencionais, cromogênicos e fluorogênicos para identificar o organismo.

O método de TSA do consiste em um teste de microdiluição em caldo. O sistema utiliza um indicador de redox para detectar o metabolismo bacteriano no meio contendo agente antimicrobiano. Para determinar o crescimento bacteriano, utilizam-se medições contínuas das mudanças ocorridas no indicador, assim como a turbidez do meio.


O equipamento WalkAway é completo e flexível, totalmente automatizado para microbiologia clínica.

  • Incuba automaticamente a suspensão bacteriana pelo tempo apropriado, adiciona reagentes e executa a leitura dos painéis.
  • Especifica com segurança e a susceptibilidade antimicrobiana com concentração Inibitória Mínima ou Breakpoint com uma ampla variedade de antibióticos.
  • Dupla metodologia: Colorimétrica e Fluorogênica.
  • Tem capacidade de processar, simultaneamente 40 painéis (WalkAway® 40) ou 96 painéis (WalkAway® 96).

autoscan4

O AutoScan-4 É um equipamento semi-automatizado para microbiologia clínica.

  • Realiza automaticamente a leitura de um painel inoculado com uma suspensão bacteriana padronizada.
  • Utiliza a tecnologia de fibras óticas que permitem a leitura espectrofotométrica de todo o painel simultaneamente, garantindo a mais absoluta precisão nos resultados.
  • Resultado em 5 segundos.
  • Identificação e antibiograma com Concentração Inibitória Mínima ou Breakpoint com uma ampla variedade de antibióticos.

Fonte
bd.com

Brunno Câmara Autor

Brunno Câmara - Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia / experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.
| Contato: @biomedicinapadrao |