Febre Reumática

Por Brunno Câmara - domingo, julho 08, 2012

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Streptococcus pyogenesFrebre reumática

É uma doença inflamatória que pode comprometer as articulações, o coração, o cérebro e a pele de crianças de 5 a 15 anos.

A Febre Reumática é uma reação a uma infecção de garganta por uma bactéria conhecida como Streptococcus pyogenes (foto). Essa infecção de garganta é caracterizada clinicamente por febre, dor de garganta, caroços no pescoço (gânglios aumentados) e vermelhidão intensa, pontos vermelhos ou placas de pus na garganta. A criança, geralmente maior de 3 anos de idade, poderá apresentar a infecção de garganta como qualquer outra criança e, geralmente, uma a duas semanas depois começa a apresentar as queixas da Febre Reumática.

Confira os ensaios laboratoriais

ASO – Antiestreptolisina O

A Estreptolisina “O” é uma toxina liberada pelo S. pyogenes. Nas infecções pela bactéria há liberação da toxina Estreptolisina O que é altamente antigênica, levando à formação de anticorpo antiestreptolisina O (ASLO).

PRINCÍPIO
O kit é constituído por uma suspensão de partículas de poliestireno sensibilizadas com Estreptolisina O. Ao se colocar essas partículas em contato com soro que tenha altos níveis de anticorpos antiestreptolisina O, processa-se a reação antígeno anticorpo, o que é evidenciado pela aglutinação das partículas de látex que formam agregados facilmente visíveis.

ASLOTEST Clique na imagem para ver as instruções de uso

Fator reumatóide

O fator reumatóide está presente em numerosas patologias onde o sistema imunológico é altamente estimulado. Nessas doenças, os anticorpos IgG produzidos pelos linfócitos nas articulaçãos sinoviais reagem com outros anticorpos IgG ou IgM, produzindo complexos imunes, ativação do complemento e destruição tecidual. Ainda não se sabe como as moléculas de IgG tornam-se antigênicas, porém elas podem ser alteradas pela agregação com vírus ou outros antígenos.

PRINCÍPIO
O kit contém uma suspensão de partículas de látex adsorvidas com gamaglobulina humana em tampão 100mmol/L de Glicina, pH 8,2. Com a adição do kit ao soro com “Fator Reumatóide” presente, desenvolve-se uma reação antígeno anticorpo. Esta se exterioriza pela aglutinação das partículas de látex formando agregados facilmente visíveis.

Reumatest Clique na imagem para ver as instruções de uso.

Proteína C Reativa

A proteína C reativa é uma glicoproteína produzida pelos hepatócitos, usada como indicador de processos inflamatórios agudos de origem bacteriana, ou ainda, de destruição de tecido.

PRINCÍPIO
O kit contém uma suspensão de partículas de látex de poliestireno recobertas com anticorpos anti-Proteína C- Reativa (PCR). Esta suspensão, em contato com amostras contendo Proteína C Reativa produz uma aglutinação das partículas de látex, visíveis macroscopicamente.

PCRTEST Clique na imagem para ver as instruções de uso.

Se os três ensaios derem positivo, ou seja, aglutinarem, significa que o indivíduo está com a febre reumática.

- Se na reação do ASLO houve aglutinação significa que há presença de anticorpos contra a toxina produzida pela bactéria S. pyogenes.

- Se na reação da Proteína C Reativa houve aglutinação significa que há um processo inflamatório de fase aguda.

- Se na reação do fator reumatóide houve aglutinação significa que há presença de anticorpos anti IgG.

Referências
Sociedade Brasileira de Reumatologia -
http://www.reumatologia.com.br
Doles reagentes - http://www.doles.com.br/

Brunno Câmara Autor

Brunno Câmara - Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia / experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.
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