Teste de Coombs Indireto

Por Brunno Câmara - terça-feira, fevereiro 22, 2011

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Quando um soro que contenha anticorpos incompletos for incubado, em um ótimo de temperatura, com hemácias que contenham o antígeno correspondente, os anticorpos fixam-se à superfície destas hemácias e bloqueiam o antígeno. As hemácias assim bloqueadas (sensibilizadas) serão reveladas pelo soro de Coombs (soro antiglobulina humana). Através do teste de Coombs Indireto, pesquisa-se a presença de anticorpos incompletos ou imunes presentes no soro.

TÉCNICA

a) Preparar uma suspensão salina a 5% com hemácias conhecidas quanto ao antígeno e cujo anticorpo correspondente se deseja detectar (o mais comum é a detecção de anticorpos anti- Rh positivo, anti-D). As hemácias devem ser compatíveis com o soro quanto ao sistema ABO (comumente
empregam-se hemácias do grupo O, Rh positivo);
b) Colocar duas gotas da suspensão em um tubo de 12 x 75 mm e lavar três vezes com solução salina;
c) Adicionar duas gotas do soro a ser testado;
d) Misturar e incubar em banho a 37oC, durante 30 a 45 minutos;
e) A seguir, lavar as hemácias três vezes com solução salina e adicionar o soro anti-globulina humana (duas gotas);
f) Agitar e centrifugar a 1.000 r.p.m. por 15 segundos;
g) proceder a leitura.

coombs ind

Presença de aglutinação: Teste de Coombs Indireto Positivo
Ausência de aglutinação: Teste de Coombs Indireto Negativo

OBSERVAÇÕES

1. É aconselhável o emprego de controles positivos e negativos.
2. Nos casos da prova de Coombs Indireta ser positiva, o soro deverá ser diluído em salina (1/2, 1/4, 1/8, 1/16, etc) e repetir a prova em cada um dos tubos. O título será dado pela última diluição com resultado positivo (cuidado com “ o fenômeno de zona “ ).
3. A pesquisa de anticorpos poderá ser feita em meio salino (sem emprego do soro de Coombs); em meio albuminoso (albumina) ou ainda utilizando-se hemácias previamente tratadas por enzimas (tripsina, etc).

PRECAUÇÕES

Tanto para as determinações do Fator Rh em tubo, provas de Coombs Direta e Indireta, é necessário que se tome uma série de cuidados.
a) Não colocar hemácias em excesso na suspensão, pois poderá haver formação de um “botão” muito grande, levando eventualmente, a um resultado falsamente positivo.
b) O tempo de incubação não deverá ser inferior a 30 minutos.
c) A centrifugação final não deve exceder ao tempo e a r.p.m. preconizados, pois o “ botão” poderá aderir ao fundo do tubo, dificultando a leitura e podendo provocar um resultado falsamente positivo.

VEJA TAMBÉM: TESTE DE COOMBS DIRETO
http://biomedicinapadrao.blogspot.com/2010/11/teste-de-coombs-direto.html

Brunno Câmara Autor

Brunno Câmara - Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia / experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.
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