Nem nos Estados Unidos a Perícia Criminal assemelha-se à série CSI
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Os investigadores da série CSI: Crime Scene Investigation fazem isso parecer fácil, mas a ciência empregada nos laboratórios criminais da vida real tem "sérias deficiências," de acordo com uma pesquisa encomendada pelo o congresso dos Estados Unidos.
"CSI é televisão. Está é a realidade," diz Constantine Gatsonis da Universidade Brown, co-presidente do Conselho Nacional de Pesquisa da equipe que redigiu o relatório. Embora os juízes permitam que os promotores apresentem provas científicas confiáveis como "livre de erros", diz ele, "muitas disciplinas das ciências forenses têm baixos ou inexistentes padrões de confiabilidade ."
O relatório apela a uma "grande revisão" das ferramentas de ciência por trás de condenações criminais. Em particular, o relatório conclui que:
*A ciência da impressão digital "não garante que os dois analistas que a acompanham irão obter os mesmos resultados."
*Métodos comparativos de pegadas de sapatos e marcas de pneus não têm embasamento estatístico, sendo assim "impossível de avaliar."
*Análises de cabelo não mostram "nenhum respaldo científico para o uso de comparações de cabelo para a individualização, na ausência de (DNA)."
"Ciência forense deveria ser uma ciência," diz William Watson, presidente da Associação dos Analistas de DNA Forense e Administradores em Austin.
Depoimento de uma estudante de ciências forenses nos EUA
“Eu estudo em uma escola forense e de justiça penal e a série de televisão CSI não está nem perto de ser realista. Há muitas pessoas que trabalham em um caso. A mesma pessoa não reune as provas, as estuda, executa os testes, rastreia e interroga suspeitos, e então procede as detenções.
Não é assim que as coisas funcionam. Cada uma dessas áreas tem uma pessoa diferente. As coisas que eles fazem na série são surrealistas. Eu odeio decepcioná-los mas o CSI está bem longe da realidade. Embora a maioria das técnicas usadas sejam reais, não são realistas em quantas vezes eles as usam ou como é realmente difícil é reunir provas.”
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