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Antibiótico agora só com receita, e é preciso deixar uma via na farmácia.
Você deve estar pensando que agora diminuirá o risco de causar resistência bacteriana devido ao uso indiscriminado de antibióticos.
A pescrição do antibiótico pelo médico é realizada quando o diagnóstico da infecção é confirmado ou suspeito, seja por meio de exame clínico, laboratorial ou investigação epidemiológica.
Essa é a teoria, pois na prática observa-se que não é bem assim que acontece.
Muitos médicos, principalmente os mais antigos, prescrevem a receita sem ao menos pedir cultura, contagem de colônias e “antibiograma”. Passam uma droga que funciona com a maioria. Se não funcionar aí mudam a droga. É certo que na maioria dos casos isso resolve. Mas são dos casos não resolvidos que vêm a resistência. Não há como ter certeza. O tratamento empírico ainda ocorre no Brasil.
Trabalhei em um laboratório em que alguns médicos pediam apenas cultura e contagem de colônias. A biomédica então fazia o teste de sensibilidade às drogas e mandava o resultado. Um desses médicos chegou a ligar para o laboratório para reclamar que ele não queria resultado de antibiograma pois se o quisesse tinha pedido. Como alguém começa um tratamento com antibiótico sem saber se quer o gênero da bactéria e quais são as melhores drogas de escolha?
Muitas vezes também é o paciente que não tem a paciência de esperar o resultado do exame, que demora no mínimo dois dias, ou não tem conhecimento da importância de um tratamento adequado. Outro problema é a interrupção do tratamento assim que ocorre uma melhora.
Se o paciente não segue o tempo certo do tratamento, pode fazer com que apenas os microrganimos “fracos” morram e que os mais “fortes” sobrevivam. Esses sobreviventes vão se multiplicar e a droga anteriormente utilizada não vai mais fazer efeito.
Não escrevi esse post para falar mal dos médicos, nem generalizar. Mas essa é a nossa realidade. Do que adianta essa lei se ainda existem esses profissionais? A efetividade não será muita.