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Pesquisadores da Nasa (agência espacial americana) encontraram provas de que os meteoritos podem conter estruturas de DNA que foram geradas no espaço.
Componentes de DNA são detectados em meteoritos desde os anos 1960, mas os cientistas tinham dúvidas se eles realmente se originavam no espaço ou se vinham por meio de uma contaminação de vida terrestre.
"Pela primeira vez, provas nos dão a certeza de que estes compostos de DNA foram de fato criados no espaço", diz Callahan, autor do estudo publicado na versão on-line do "PNAS", na segunda-feira (8).
Anteriormente, cientistas do Centro Espacial Goddard descobriram aminoácidos em amostras do cometa Wild 2 da Nasa, além de vários meteoritos ricos em carbono. Os aminoácidos são usados na produção de proteínas, moléculas essenciais à vida, que estão presentes em tudo, desde estruturas capilares até enzimas --catalisadores que aceleram ou regulam reações químicas.
Os dados mais recentes indicam que determinados componentes de DNA chamados de nucleobases --blocos de construção do código genético-- chegam à Terra por meio de meteoritos em uma diversidade e quantidade que supera a anteriormente imaginada.
Essa descoberta significa que o ambiente interno de asteroides e cometas é capaz de abrigar moléculas biológicas essenciais.
No novo estudo, um grupo analisou amostras de 12 meteoritos ricos em carbono, nove dos quais foram retirados da Antártida, que indicaram a existência de adenina e guanina. As duas se conectam a outro par para formar os "degraus da escada" de um DNA.
Os pesquisadores também identificaram em dois meteoritos, pela primeira vez, traços de três moléculas relacionadas a nucleobases, sendo que dois quase nunca são usados em biologia --as nucleobases análogas--, o que provaria que as substâncias dos meteoritos vieram do espaço e não de uma contaminação terrestre.