Estudo mostra que celulares podem capturar e enviar imagens microscópicas para o diagnóstico de malária em áreas distantes
Antes de continuar a leitura do texto, quero te convidar para conhecer meus cursos:
- Hematologia básica clique aqui
- Anemias clique aqui
- Onco-hematologia clique aqui
- Interpretando o hemograma clique aqui
- Curso de Hematologia (10% off) clique aqui
- Preparatório de Análises Clínicas para Residência e Concurso clique aqui
Continue agora com a sua leitura do texto. Espero que goste.
Em locais com poucos recursos, o microscópio é um dos mais importantes aparelhos para o diagnóstico e controle de várias infecções bacterianas e parasitárias, incluindo tuberculose, malária e doenças dos tratos urinário e reprodutivo.
Os procedimentos são de baixa qualidade devido, por exemplo, ao treinamento e manutenção deficientes, técnicas erradas na preparação das lâminas, péssimas condições do microscópio e baixa qualidade nos suprimentos essenciais.
Um estudo realizado na Uganda foi realizado para determinar a viabilidade de usar telefones celulares para capturar imagens dos microscópios e transferí-las para uma central de dados para avaliação. As imagens de amostra foram tiradas usando um protótipo de conector que tem a habilidade de ajustar uma variedade de celulares como microscópio.
Conector
Imagens nítidas foram capturadas usando câmeras de 2-5 mega pixels e enviadas via internet 3G para um website onde foram visualizadas e remotamente diagnosticadas. Os resultados foram então enviados de volta na forma de mensagens de texto.
Os plasmódios ficaram tão nítidos nas imagens capturadas que, na maioria das vezes, foi possível identificar o estágio do parasita.
Os resultados do estudo confirmaram que, de fato, é viável usar as tecnologias dos celulares para capturar e enviar as imagens para um melhor diagnóstico em áreas distantes. Além disso, o potencial benefício é significante em locais pobres em recursos.
Apesar de o estudo ter sido feito na África, seria uma ótima alternativa de diagnóstico para as áreas mais afastadas da Amazônia, onde a prevalência da malária é alta e é uma área endêmica. Agora é esperar e ver se um dia a gente verá essa tecnologia sendo aplicada.
ARTIGO ORIGINAL
Tuijn CJ , Hoefman BJ , van Beijma H , Oskam L , Chevrollier N , 2011 Data and Image Transfer Using Mobile Phones to Strengthen Microscopy-Based Diagnostic Services in Low and Middle Income Country Laboratories. PLoS ONE 6(12): e28348.doi:10.1371/journal.pone.0028348