Correlacionando Ferro, Ferritina e Transferrina
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O diagnóstico completo do metabolismo do Ferro no paciente, deve incluir um perfil hematológico completo e a dosagem das provas específicas. O Ferro é um íon importante para a formação da hemoglobina, mioglobina e outras substâncias como os citocromos, a citocromo oxidase, a peroxidase e a catalase.
O ferro é fornecido ao organismo pela dieta habitual na quantidade média de 14 mg/dia, porém apenas 1-2 mg são absorvidos, dos quais cerca de 65% estão presentes na hemoglobina. Cerca de 4% estão presentes na mioglobina, 1% nos diversos compostos hêmicos que promovem a oxidação celular, 0,1% combinado à proteína transferrina no plasma sanguíneo e 15 a 30% armazenados, principalmente no fígado, sob a forma de ferritina.
A Transferrina é uma glicoproteína sintetizada principalmente no fígado e é a principal proteína plasmática transportadora de ferro.
A Ferritina é uma glicoproteína de alto peso molecular, que armazena 20% a 25% do ferro do organismo. Sua concentração sérica correlaciona-se com os estoques de ferro total do organismo. A limitação para sua utilização é que, por ser uma das proteínas de fase aguda, eleva-se em resposta a processos inflamatórios agudos, infecções ou traumas, em processos inflamatórios e em processos malignos.
Por se tratar de um sistema interligado, as alterações dos níveis séricos do ferro, influenciarão os níveis dos outros analitos componentes do sistema.
O aumento de ferro sérico poderá ocorrer no tratamento de anemias com ferro, neoplasia da medula óssea, drogas mielossupressoras, anemia hemolítica e perniciosa, hepatopatias virais e crônicas. A diminuição sérica ocorrerá em dietas pobres em ferro, na gravidez, nos casos de grandes hemorragias e menstruação abundante.
Consequentemente, os valores de Ferritina estarão alterados antes da diminuição dos níveis séricos do ferro, das mudanças morfológicas das células vermelhas ou dos sinais clínicos de anemia; sendo, portanto, o teste mais sensível para diagnóstico da deficiência de ferro.
As variações de concentração sérica da Transferrina ocorrerão em resposta à deficiência de ferro e em doenças crônicas, retornando ao normal após o tratamento. Normalmente, apenas 1/3 da transferrina plasmática encontra-se sob a forma saturada.
Com informações de Biotécnica