Pesquisa encontra DNA fetal masculino no cérebro de mães

Por Brunno Câmara - sexta-feira, setembro 28, 2012

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Mães não tiram seus filhos da mente – agora parece que isso é mesmo verdade. O DNA fetal pode entrar no cérebro da mãe e permanecer lá por décadas, de acordo com autópsias de cérebros femininos.

Durante a gestação, células da mãe e do feto podem atravessar a placenta e sobreviverem por décadas na pele, fígado e baço – um fenômeno chamado microquimerismo fetal.

O DNA fetal pode também atravessar o barreira hematoencefálica e entrar no cérebro de camundongos. Mas não está claro se o mesmo acontece com humanos. Se sim, ter DNA estranho em seus cérebros pode ser uma explicação possível por que certas desordens neurológicas, como o Alzheimer, são mais comuns em mulheres que já tiveram filhos.

A presença de células fetais no corpo da mãe pode permitir seu sistema imune reconheça as células de seu filho, para prevení-los de serem reconhecidos como corpos estranhos.

O próximo passo da pesquisa é determinar o que as células fetais fazem quando chegam no cérebro materno.


Células fetais masculinas em cérebro feminino

Male Microchimerism in the Human Female Brain, PLoS One, 2012. PDF

Brunno Câmara Autor

Brunno Câmara - Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia / experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.
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