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A família dos ancilostomídeos é uma das mais importantes famílias de Nematoda. A infecção pelos parasitas desencadeia um processo patológico crônico, mas que em alguns casos pode resultar até em morte. Doença: ancilostomose, ancilostomíase ou amarelão.
Existem mais de 100 espécies descritas, mas apenas três são agentes etiológicos das ancilostomoses humanas: Ancylostoma duodenale, Necator americanus e Ancylostoma ceylanicum, sendo este último menos comum em humanos.
Possuem duas fases de desenvolvimento: a de vida livre (meio exterior) e a de vida parasitária (hospedeiro definitivo).
Os ovos são depositados pela fêmea no intestino delgado do hospedeiro e depois eliminados através das fezes. Não é possível distinguir ovos de A. duodenale e N. americanus.
Ovo de ancilostomídeos
O próximo estádio, após o ovo eclodir, é a larva L1, do tipo rabditoide. No ambiente ela se alimenta de matéria orgânica e microrganismos.
Larva L1
A larva L1 perde sua cutícula externa e ganha uma nova, transformando-se em larva L2, também rabditoide. O alimento é o mesmo e o processo acontece de novo, dando origem à larva L3, do tipo filarioide, denominada larva infectante.
Larva L3
A infecção no homem ocorre quando as L3 penetram ativamente a pele, conjuntiva ou mucosas, ou passivamente, por via oral.
A. duodenale N. americanus
Ao chegar no intestino delgado a larva começa a exercer parasitismo hematófago, fixando a cápsula bucal na mucosa do duodeno. A diferenciação de larva para adulto ocorre após 30 dias de infecção. Os adultos exercendo o hematofagismo, iniciam a cópula, seguida de postura.
O diagnóstico de certeza é alcançado pelo exame parasitológico de fezes, indicando a presença ou não de ovos de ancilostomídeos. O paciente pode ou não apresentar anemia, dependendo da carga parasitária.
Com informações de NEVES, D. P. Parasitologia Humana. Editora Atheneu.
Imagens: Laboratory Identification of Parasites of Public Health Concern