Pesquisadores desvendam por que a infecção por Bacillus anthracis é tão mortal
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Esporos de Bacillus anthracis. Foto: Janice Haney Carr, via CDC.
O Bacillus anthracis é o agente etiológico do antraz ou carbúnculo (zoonose). É uma bactéria Gram positiva, aeróbica e formadora de esporos. É o único patógeno obrigatório do gênero Bacillus. Há três formas de adquirir a infecção: inalação dos esporos, ingestão de alimentos contaminados com esporos ou picada de insetos infectados.
Todos os três tipos de infecção podem ser mortais, mas a rota pela pele é mais branda (20% de mortalidade), segundo o CDC. A doença pela inalação dos esporos tem uma taxa de mortalidade de 75%, já a infecção gastrointestinal mata cerca de 60% dos infectados, mesmo com tratamento.
Devido a essa alta taxa de letalidade, é um microrganismo utilizado no bioterrorismo.
Não são as bactérias propriamente ditas responsáveis pela doença: são as toxinas que elas produzem. Pode-se tratar o paciente com antibióticos e matá-las (eles são muito efetivos contra a infecção), mas as toxinas produzidas continuam no corpo, destruindo as células.
Existem toxinas responsáveis pela morte celular (hemorragia, edema e necrose), mas achava-se que seus efeitos nas células endoteliais, como vasos linfáticos e sanguíneos, eram o que tornava a doença tão letal.
No estudo, foi encontrado que as toxinas parecem agir nas células do músculo cardíaco e fígado.
As toxinas ligam-se na proteína CMG2. Os pesquisadores aplicaram doses das toxinas em camundongos sem a CMG2 em suas células endoteliais e os animais morreram. Quando aplicaram em camundongos sem a CMG2, em suas células cardíacas e hepáticas, os animais conseguiram sobreviver.
Ainda não é claro se o mesmo acontece com o ser humano e futuros experimentos em primatas serão realizados.
Com informações de