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A Reprodução Assistida é o conjunto de técnicas onde uma equipe multidisciplinar tem participação no acompanhamento do desenvolvimento folicular, detecção e indução da postura ovular, facilitação ou mesmo realização do encontro dos gametas assim como na otimização da fase lútea.
Dentro deste conjunto, as técnicas de Fertilização in vitro com Transferência de Pré-Embriões, um dos maiores avanços obtidos nas últimas três décadas para a terapêutica da infertilidade conjugal, ocupam com certeza lugar de destaque já que permitiu a solução de problema até então insolúvel, a ausência da função tubária, além de trazer em seu rastro o desenvolvimento de um moderno e eficiente arsenal de drogas de indução e estimulação ovulatória.
Mais de uma década depois, com o desenvolvimento da técnica de micromanipulação de gametas agregou-se ao arsenal terapêutico das técnicas de reprodução assistida, a Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide (ICSI, IntraCitoplasmic Sperm Injection) que permitiu então o tratamento da infertilidade masculina severa de maneira eficiente e o início das pesquisas com o objetivo do tratamento direto dos gametas (Assisted Hatching, Defragmentação, Transferência de Citoplasma etc...) e também a prevenção da transmissão de patologias cromossômicas ou gênicas a partir da biópsia do oócito (corpo polar) ou do pré-embrião (blastômero), caracterizando o Diagnóstico Genético Pré- Implantacional (PGD).
O primeiro nascimento após fertilização in vitro de um oócito humano e transferência de pré-embrião, foi publicado há mais de 20 anos. A partir de então, os numerosos levantamentos e registros nacionais e continentais documentam em centenas de milhares as gestações obtidas com as técnicas de Reprodução Assistida pelo mundo, de tal maneira que estas técnicas são responsáveis na atualidade por 1 a 3% dos nascimentos nos EUA e Europa.
Dados do registro americano (CDC) para 2002, mostram 115.392 ciclos de fertilização in vitro realizados naquele ano, com o consequente nascimento de 45.751 bebês, o que representou uma taxa de sucesso(nascidos vivos por transferência) de 34,8%, sem a inclusão dos programas de doação e recepção de oócitos e ou pré-embriões. Por outro lado, vale observar que quase 50% destas gestações foram múltiplas. Resultados muito semelhantes são obtidos do registro de 2001 de 23 países europeus, onde se observou em 120.946 ciclos de fertilização in vitro uma distribuição de um, dois, três e quatro pré-embriões transferidos em 12.0, 51.7, 30.8 e 5.5%, respectivamente. As taxas de nascimentos a partir de gestações múltiplas, neste registro, foram de 25.5%.
Principais técnicas de Reprodução Assistida
Com tubas saudáveis e pérvias
1. Relação programada (coito programado)
2. Inseminação Artificial Intra-uterina
3. Transferência de Gametas Intratubária (GIFT)
4. Fertilização in vitro com transferência de Zigoto (ZIFT) e/ou Embriões (TET) intratubária.
Sem tubas saudáveis e/ou com tubas impérvias
1. Fertilização in vitro Convencional e Transferência Intra-uterina de Pré-Embriões (FIV e TE).
2. Fertilização in vitro com Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide (ICSI).
Técnicas auxiliares ou acessórias
1. Criopreservação de gametas (espermatozoides e óvulos)
2. Criopreservação de Pré-embriões
3. Assisted Hatching
4. Cultura Prolongada até Blastocisto
5. Defragmentação de Pré-embriões
6. Transferência de citoplasma
7. Transplante de Núcleo
Guideline de Reprodução Assistida, Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH)