Pesquisa de biomédico ganha o Prêmio Tese Destaque USP 2017
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Biomédico Raphael Sanches Peres. Foto: divulgação/Jornal da USP
A artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica que afeta as articulações do corpo, provocando inchaço e dor, podendo ainda levar à erosão dos ossos e deformidades nas articulações.
A pesquisa do biomédico Raphael Sanches Peres mostra que os baixos níveis da enzima CD39 em células T reguladoras (Treg) reduzem as chances de deter a inflamação, prejudicando a resposta à terapia contra a doença.
Segundo Peres, na artrite reumatoide, as células Treg tem sua função comprometida, tornando-se incapazes de controlar a inflamação. Ele afirma que esse é um dos fatores cruciais para o surgimento da doença, e por isso a manipulação de células Treg tem sido apontada como um possível caminho para novos tratamentos.
O estudo propõe que pacientes com diagnóstico recente de artrite reumatoide, que não foram tratados ainda, façam um teste laboratorial em centros médicos de referência, com o kit desenvolvido na pesquisa, para determinar o grau de expressão de CD39 em células Treg.
De acordo com Peres, os pacientes que apresentarem uma expressão reduzida de CD39 em células Treg seriam indicados a outras terapias disponíveis, como a administração de agentes biológicos, evitando gastos com tratamentos ineficazes.
O principal medicamento utilizado no tratamento é o metrotexato, porém aproximadamente 40% dos pacientes não respondem ao fármaco, obrigando a adoção de de outras terapias com maior custo.
O kit já foi patenteado e espera-se que nos próximos anos possa estar disponível na prática clínica, acessível a toda a população.
A pesquisa é descrita na tese de doutorado de Peres, A sinalização de TGF-β envolvida na expressão de CD39 em células T reguladoras está associada com a eficácia terapêutica do metrotexato na artrite reumatoide, que recebeu o Prêmio Tese Destaque USP 2017 na área de Ciências Biológicas. O estudo foi orientado pelo professor Fernando de Queiroz Cunha, do Departamento de Farmacologia, e teve co-orientação do professor Paulo Louzada-Júnior, do Departamento de Clínica Médica da FMRP. A pesquisa teve ainda colaboração da Universidade de Glasgow (Reino Unido), por meio do grupo liderado pelo professor Foo Liew.