Ancilostomídeos

Por Brunno Câmara - domingo, agosto 25, 2013

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A família dos ancilostomídeos é uma das mais importantes famílias de Nematoda. A infecção pelos parasitas desencadeia um processo patológico crônico, mas que em alguns casos pode resultar até em morte. Doença: ancilostomose, ancilostomíase ou amarelão.

Existem mais de 100 espécies descritas, mas apenas três são agentes etiológicos das ancilostomoses humanas: Ancylostoma duodenale, Necator americanus e Ancylostoma ceylanicum, sendo este último menos comum em humanos.

Possuem duas fases de desenvolvimento: a de vida livre (meio exterior) e a de vida parasitária (hospedeiro definitivo).

Os ovos são depositados pela fêmea no intestino delgado do hospedeiro e depois eliminados através das fezes. Não é possível distinguir ovos de A. duodenale e N. americanus.


Ovo de ancilostomídeos

O próximo estádio, após o ovo eclodir, é a larva L1, do tipo rabditoide. No ambiente ela se alimenta de matéria orgânica e microrganismos.


Larva L1

A larva L1 perde sua cutícula externa e ganha uma nova, transformando-se em larva L2, também rabditoide. O alimento é o mesmo e o processo acontece de novo, dando origem à larva L3, do tipo filarioide, denominada larva infectante.


Larva L3

A infecção no homem ocorre quando as L3 penetram ativamente a pele, conjuntiva ou mucosas, ou passivamente, por via oral.

Ancylostoma duodenale Necator americanus
           A. duodenale                                     N. americanus                        

Ao chegar no intestino delgado a larva começa a exercer parasitismo hematófago, fixando a cápsula bucal na mucosa do duodeno. A diferenciação de larva para adulto ocorre após 30 dias de infecção. Os adultos exercendo o hematofagismo, iniciam a cópula, seguida de postura.

O diagnóstico de certeza é alcançado pelo exame parasitológico de fezes, indicando a presença ou não de ovos de ancilostomídeos. O paciente pode ou não apresentar anemia, dependendo da carga parasitária.

Com informações de NEVES, D. P. Parasitologia Humana. Editora Atheneu.
Imagens: Laboratory Identification of Parasites of Public Health Concern

Brunno Câmara Autor

Brunno Câmara - Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia / experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.
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