Por que o sistema imune da mãe não rejeita o feto em desenvolvimento
Antes de continuar a leitura do texto, quero te convidar para conhecer meus cursos:
- Hematologia básica clique aqui
- Anemias clique aqui
- Onco-hematologia clique aqui
- Interpretando o hemograma clique aqui
- Curso de Hematologia (10% off) clique aqui
- Preparatório de Análises Clínicas para Residência e Concurso clique aqui
Continue agora com a sua leitura do texto. Espero que goste.
Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Nova Iorque fizeram uma grande descoberta que, parcialmente, responde à uma antiga dúvida: Por que o sistema imune da mãe não rejeita um feto em desenvolvimento como um tecido estranho?
Eles descobriram que a implantação do embrião inicia um processo que no final desliga uma importante via, necessária para o sistema imune atacar corpos estranhos. Como resultado, as células imunes nunca são recrutadas para o local da implantação e assim não podem prejudicar o desenvolvimento do feto.
Esse processo é a produção de quimiocinas, resultantes da resposta inflamatória local. Elas recrutam vários tipos de células imunes, incluindo linfócitos T ativados, que acumulam-se e atacam o tecido ou patógeno. O recrutamento das células T pelas quimiocinas é uma parte integral da resposta imune.
A equipe descobriu que no começo da gravidez os genes responsáveis pelo recrutamento das células do sistema imune são desligados dentro da decídua (anexo embrionário encontrado somente nos mamíferos placentários).
Como resultado dessas mudanças, os linfócitos T não são capazes de acumular dentro da decídua e, consequentemente, não atacam o feto nem a placenta.
Os resultados vão ajudar os pesquisadores a estudar e entender mais sobre doenças autoimunes e até mesmo o câncer.
Artigo original
- P. Nancy, E. Tagliani, C.-S. Tay, P. Asp, D. E. Levy, A. Erlebacher. Chemokine Gene Silencing in Decidual Stromal Cells Limits T Cell Access to the Maternal-Fetal Interface. Science, 2012; 336 (6086): 1317 <Link>