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A Citologia Oncótica é a análise microscópica das características celulares, não importando a procedência dessas células.
Geralmente é empregada na detecção de lesões tumorais. Um exemplo clássico é o exame preventivo do câncer de colo uterino, mais conhecido como Teste de Papanicolaou. Por ter uma localização específica e realizada em escala tão abrangente recebeu nomenclatura própria – Colpocitologia Oncótica (colpos vem do grego e significa colo uterino).
Formas de obtenção das células
Pode-se fazer citologia oncótica de qualquer local do corpo. Geralmente são utilizados um dos três métodos a seguir para obtenção do material:
Raspado: raspa-se o local desejado e transfere-se o material para uma lâmina de vidro. Depois cora-se a lâmina de acordo com o tipo de amostra como por exemplo pele, vulva, colo uterino.
Líquidos corporais: depois de colhido o líquido, deve-se concentrar a amostra para obter as células, geralmente por centrifugação. Em seguida é feita e corada a lâmina de modo semelhante ao método anterior. Exemplos de líquidos: urina, líquido ascítico, líquido pleural, líquor, etc.
Punção: punciona-se uma estrutura ou órgão para obter o material (punção por agulha fina ou citopunção). Exemplos de punção: de nódulos de tireóide, cistos de mama, lesões de glândulas salivares, etc.
Apesar de ser recente, o método de punção tem evoluído rapidamente, merecendo maior destaque.
Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) ou Citopunção
A PAAF ou Citopunção é uma variante de citologia oncótica. A técnica consiste na retirada de pequena porção de tecido por aspiração através de uma agulha fina e posterior coloração e análise microscópica.
No passado, para o diagnóstico das lesões, o indivíduo geralmente era internado em ambiente hospitalar e, sob anestesia local ou geral, era submetido a uma biópsia cirúrgica, com maior possibilidade de complicações e às vezes deixando cicatriz.
A punção é utilizada na avaliação diagnóstica de nódulos em diferentes órgãos, para se estabelecer a sua natureza biológica, ou seja, se representa um processo inflamatório, neoplasia benigna ou maligna.
Depois de coletado, o material será espalhado de modo uniforme nas lâminas de vidro (confecção do esfregaço) e imediatamente mergulhado em etanol absoluto (fixador). Alguns esfregaços serão secos ao ar ambiente e corados com uma solução rápida (Panótico). O citologista examina a amostra no microscópio, conferindo a quantidade de células e tendo uma impressão geral da lesão.
O que o Biomédico pode fazer
• Realizar coleta de material cérvico vaginal e leitura da respectiva lâmina, exceto a coleta pela técnica de Punção Biópsia Aspirativa por Agulha Fina (PAAF);
• Realizar a leitura de citologia de raspados e aspirados de lesões e cavidades corpóreas, através da metodologia de Papanicolaou;
• Atuar no setor de imunohistoquímica e imunocitoquímica, referente ao diagnóstico citológico;
• Assumir responsabilidade técnica, firmando os respectivos laudos.
Com informações de Laboratório Master Consultoria Médica, CRBM-3, Centro Integrado de Citopatologia e Colposcopia