Revestimento biológico repele sangue e bactérias em dispositivos médicos
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Desenvolver um método para a prevenção da coagulação sem usar anticoagulantes é um grande problema da medicina moderna. Mesmo dispositivos que foram construídos para servir seu propósito podem encontrar problemas, uma vez implantados no corpo humano. Implantes cardíacos como válvulas artificiais, ou outros dispositivos, entram em contato com o fluxo sanguíneo e estão sujeitos a múltiplos problemas como a coagulação e infecções bacterianas.
Superfície normal X Superfície revestida com TLP
Para resolver esse problema, pesquisadores do Wyss Institute, EUA, aproveitaram materiais já aprovados pela Food and Drug Administration (FDA) e os combinaram para formar um revestimento que repele tanto sangue quanto bactérias. Originalmente, a ideia desse revestimento veio da Professora Amy Smith Berylson e seu Slippery Liquid-Infused Porous Surfaces (SLIPS) system (algo como sistema escorregadio de líquido infundido em superfícies porosas), um conceito inspirado numa planta carnívora.
O revestimento é criado num processo de duas etapas. Chamado de TLP (Tethered-Liquid Perfluorocarbon), o processo de revestimento é realizado pela adição de uma monocamada de perfluorocarbono e, em seguida, uma camada de perfluorocarbono líquido.
O material já foi testado in vivo, em que os cientistas implantaram tubos e cateteres revestidos com o TLP em veias de porcos. Os resultados mostraram que não houve formação de coágulos por pelo menos oito horas. Além disso, quando a bactéria Pseudomonas aeruginosa foi cultivada num tubo revestido, apenas uma em um bilhão de bactérias aderiu ao tubo. Eles ainda demonstraram que mesmo répteis da família das lagartixas não conseguiram se segurar em superfícies revestidas pelo TLP.
Confira o vídeo:
Com informações de MedGadget e Wyss Institute