Ancilostomídeos são utilizados no tratamento da doença celíaca
Antes de continuar a leitura do texto, quero te convidar para conhecer meus cursos:
- Hematologia básica clique aqui
- Anemias clique aqui
- Onco-hematologia clique aqui
- Interpretando o hemograma clique aqui
- Curso de Hematologia (10% off) clique aqui
- Preparatório de Análises Clínicas para Residência e Concurso clique aqui
Continue agora com a sua leitura do texto. Espero que goste.
Pesquisadores australianos introduzirão larvas de ancilostomídeos em 40 pacientes em continuação de um estudo prévio que sugeriu que os parasitas são efetivos no tratamento da doença celíaca (DC).
A DC é a intolerância à ingestão de glúten, presente em cereais como cevada, centeio, trigo e malte, em indivíduos geneticamente predispostos, caracterizada por um processo inflamatório que envolve a mucosa do intestino delgado, levando a atrofia das vilosidades intestinais, má absorção e uma variedade de manifestações clínicas.
Os sintomas da doença podem variar, com o mais comum sendo os problemas gastrointestinais. Outros sintomas podem ser mais graves, incluindo fadiga, anemia, perda ou ganho de peso, dor óssea e inflamação da boca e língua.
Atualmente não há cura ou tratamento efetivo contra a DC, além de evitar ingerir o glúten. Porém, foi observado que, em pacientes infectados com ancilostomídeos, os sintomas foram atenuados. Agora, cientistas estão tentando descobrir se esses parasitas podem ser usados como tratamento.
No estudo anterior, participantes intolerantes ao glúten foram infectados com 20 larvas de Necator americanus. Durante a pesquisa, os pacientes infectados receberem doses graduais de glúten, começando com 1/10 de uma grama diariamente e progredindo para 3 gramas, a um ponto que eles puderam comer uma porção média de espaguete – uma quantidade de glúten que previamente provocaria diarreia, vômitos e cãibras.
Os pesquisadores acreditam que os parasitam secretam uma proteína com propriedades anti-inflamatórias e reduz os desconfortos da DC. Agora, o novo estudo pretende aumentar a quantidade de glúten ingerida ao ponto de os pacientes comerem uma dieta regular sem nenhum problema.
Claro, infectar pacientes com ancilostomídeos tem seus riscos e é uma medida provisória, mas enquanto os pesquisadores não são capazes de isolar a proteína secretada, os parasitas terão que fazer esse papel.
Com informações de James Cook University