Estudo mostra que plaquetas criopreservadas são seguras e previnem hemorragia
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Se você já estudou sobre hemocomponentes ou trabalha na área de hemoterapia, sabe que o concentrado de plaquetas tem validade de 5 dias, devendo ser armazenado numa temperatura entre 20 e 24ºC e mantido sob agitação constante.
Agora, pesquisadores estão avaliando a viabilidade de realizar a criopreservação de plaquetas para simplificar seu armazenamento, principalmente em locais como zonas de combate, hospitais de urgências e centros médicos em áreas rurais e remotas.
As plaquetas criopreservadas (PCPs) poderiam facilitar o armazenamento de genótipos plaquetários raros, por pelo menos dois anos, ao invés do tempo padrão de 5-7 dias.
Mesmo sendo armazenada em DMSO a 6%, o congelamento e descongelamento causa danos às plaquetas. Apesar disso, as PCPs mostram-se efetivas e seguras, hemostaticamente, nos pequenos estudos clínicos que já foram realizados até o momento.
Para obter mais dados clínicos sobre a segurança e eficácia das PCPs, Slichter e colaboradores conduziram um estudo randomizado com escalamento de dose de PCPs comparando com as plaquetas padrão em 28 pacientes trombocitopênicos com hemorragia de grau II ou maior (OMS).
Quatro coortes com seis pacientes em cada uma foram transfundidas com 0.5, 1, 2 e 3 unidades de PCPs, além de um paciente adicional em cada coorte que recebeu o concentrado de plaquetas padrão.
Efeitos adversos graves não foram relatados, e 58% dos pacientes transfundidos com PCPs tiveram melhora em seu grau de hemorragia, incluindo 43% dos pacientes com hemorragia grau IV.
Não foram observadas evidências clínicas de trombose nos pacientes que receberam PCPs.
A criopreservação de plaquetas pode simplificar e facilitar o armazenamento desses hemocomponentes, porém mais pesquisas são necessárias.
Referências
Slichter SJ, Dumont LJ, Cancelas JA, Jones M, et al. Safety and efficacy of cryopreserved platelets in bleeding patients with thrombocytopenia. Transfusion 2018; 58; 2129-2138.
Marks DC. Cryopreserved platelets: are we there yet? Transfusion 2018; 58; 2092-2094.