Pesquisadores imprimem primeiro coração 3D usando células do próprio paciente
Por Brunno Câmara - terça-feira, abril 16, 2019
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Pesquisadores da Tel Aviv University "imprimiram" o primeiro coração 3D vascularizado usando as células e materiais biológicos do próprio paciente.
O artigo foi publicado no dia 15 de abril, no periódico Advanced Science.
A geração de tecidos espessos vascularizados que são totalmente compatíveis com o paciente ainda continua um desafio na engenharia de tecidos cardíacos.
No artigo, é reportada uma simples abordagem de impressão 3D de tecido cardíaco espesso, vascularizado e perfundível, que é completamente compatível com as propriedades imunológicas, celulares, bioquímicas e anatômicas do paciente.
Com essa finalidade, uma biópsia de um tecido omental é retirada dos pacientes. Enquanto as células são reprogramadas para se tornar células-tronco pluripotentes, e se diferenciarem em cardiomiócitos e células endoteliais, a matriz extracelular é processada em um hidrogel personalizado.
Em seguida, os dois tipos celulares são separadamente combinados com o hidrogel para formar os filamentos para a impressora 3D (bioinks) para o parênquima cardíaco e vasos sanguíneos. Os corações com uma arquitetura natural então são impressos.
Os resultados demonstram o potencial da abordagem para projetar tecidos e órgãos personalizados, ou para testar drogas em estruturas anatômicas e microambiente bioquímico específico para cada paciente.
"Essa é a primeira vez que alguém no mundo conseguiu com sucesso criar e imprimir um coração inteiro repleto de células, vasos sanguíneos e com todas as câmaras (átrios e ventrículos)", afirmou um dos pesquisadores.
Nesse estágio o coração impresso é do tamanho de um coração de coelho. Mas a tecnologia seria a mesma para imprimir um coração humano.
Muito ainda tem de ser feito, cultivar o coração em laboratório e "ensiná-lo" como se comportar. Atualmente as células conseguem contrair, mas ainda não conseguem bater como um coração normal.