5 desafios de pipetagem comuns em laboratórios

Por Brunno Câmara - quinta-feira, setembro 24, 2020

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Este post é um oferecimento de Eppendorf Brasil

Pipetar parece ser algo muito simples. Porém, algumas dicas podem te ajudar a obter resultados consistentes e reproduzíveis. 

Confira a seguir alguns desafios em relação à pipetagem e dicas para solucioná-los.

1. Escolha da pipeta certa

Os dois principais tipos de pipetas têm como princípio o deslocamento positivo ou o deslocamento de ar.

No deslocamento de ar, ao pressionar o botão, o pistão move-se e expele o mesmo volume de ar que foi selecionado pelo operador. Após imergir a ponteira no líquido, solta-se o botão, o pistão sobe e a mesma quantidade de líquido é aspirada.

No deslocamento positivo, o pistão entra dentro da ponteira. Quando ele é movido para cima, aspira todo o líquido para a ponteira. Para dispensar esse líquido, toda vez que o botão é pressionado, o pistão desce de acordo com o volume determinado pelo operador.


Além disso, existem as pipetas monocanal e as multicanais, que possuem várias saídas para a dispensação simultânea do líquido em tubos, placas e gel de agarose.

Para escolher a pipeta certa é necessário ter conhecimento do tipo de líquido que será trabalhado, como uma solução aquosa, um líquido viscoso ou volátil.

2. Precisão e exatidão

Alguns fatores físicos como altitude, temperatura, viscosidade e densidade do líquido influenciam diretamente na precisão da pipetagem.

Para líquidos que espumam, voláteis e viscosos, a pipetagem reversa pode ser uma alternativa.

Outra solução é usar pipetas de deslocamento positivo. Elas são mais precisas, pois não dependem do deslocamento de ar, que pode ser afetado pela temperatura e pressão.

Como exemplos de pipetas de deslocamento positivo podemos citar a Eppendorf Multipette® M4Multipette® E3/E3x.

3. Tempo

Quando se tem grande volume de amostras/líquidos para pipetar, a atividade pode tomar bastante tempo da sua rotina.

Imagine ter que pipetar uma placa de 96 poços, usando uma pipeta monocanal, num experimento com várias etapas e reagentes, além das lavagens.

Uma das melhores soluções é usar as pipetas multicanais, já que permitem a pipetagem simultânea dos líquidos, e que também ajudam a economizar tempo.

Mas não para por aí. Imagine que o recipiente onde o líquido está e o recipiente para onde ele será transferido possuem dimensões diferentes (Ex.: de tubos para placas).

Atualmente, há no mercado as pipetas multicanais com espaçamento ajustável que resolvem esse problema. Um ótimo exemplo dessa categoria são as Pipetas Move It® Eppendorf.

Para microplacas, tubos e gel de agarose, o espaçamento da ponteira pode ser selecionado livremente entre 4.5 e 33 mm dependendo do modelo.


4. Ergonomia e fadiga

No laboratório de pesquisa em que trabalhava no Canadá, eu tinha que fazer vários experimentos que demandavam muita pipetagem, como a extração de DNA plasmidial (mini, midi e maxiprep) e sua purificação.

No final do dia estava exausto, com braços e costas doendo.

Para evitar esses problemas, é importante usar equipamentos ergonômicos e que preservem nossa saúde.

Um exemplo de solução é o Eppendorf PhysioCare Concept®, presente nas pipetas ultraleves Eppendorf Research® plus.


Essas pipetas ultraleves reduzem a necessidade de esforço nas mãos e braço. O cone de ponteira contém uma mola para diminuir a força necessária para acoplar a ponteira à pipeta. Além de exigir menos força na hora de ejetá-la (função SOFTeject).

Para ficar ainda melhor, existem as pipetas mono e multicanais eletrônicas que trazem mais rapidez e precisão para o dia a dia. Um exemplo são as pipetas eletrônicas Eppendorf Xplorer®.

5. Segurança e contaminação

Um sério problema é a contaminação da pipeta com amostras biológicas infecciosas, biomoléculas ou líquidos tóxicos/radioativos.

Além de serem desinfetadas com álcool 70%, boas pipetas devem ter a capacidade de poderem ser autoclavadas.

Outro mecanismo de proteção são as ponteiras com filtro, como por exemplo as ep Dualfilter T.I.P.S.® que protegem tanto a amostra quanto a pipeta contra a contaminação não intencional e despercebida por aerossóis, gotas e respingos.

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Brunno Câmara Autor

Brunno Câmara - Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (imunologia, parasitologia e microbiologia / experiência com biologia molecular e virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.
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